Deixamos passar os prazos de entrega
Sem que nos peçam contas. Somos nada
Mais do que tarefeiros postos à
Porta da repartição a ver quem
Entra tomado do assombro fácil
Indispensável aos pobres coitados
Como nós. Já não vamos a tempo
De desatar as sandálias ao mestre
Momentâneo. O nosso lugar
Está vago, somos de outro jeito,
De outro tom de voz. Amanhã
Já não haverá quem se lembre.
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