quinta-feira, 2 de março de 2017

#281 - "À porta do meu Banco no patamar, acocorados," (José Emílio-Nelson)

À porta do meu Banco no patamar, acocorados,
um e uma, vendem a pele
de uns pratos encardidos
mesmo no traço que já lhes deu flores garridas.
Eles escorriam chuva, que chovia, para a louça.
Eles nem devem ter sangue pela tez lustrosa
da porcelana dos seus olhos de caveira.
(Até faz rir, leitor, coisa tão triste.)



Sem comentários:

Enviar um comentário