Canto de pé no meio do país amado. Os ventos tristes batem no meu rosto batem no meu poema as vozes muito antigas de não sei que desgosto sempre tão cantado nas cantigas nocturnas do país amado.
Eu cantarei os homens assentados nas cadeiras de chuva sobre a dor. Dos nervos do meu canto lançarei mil dardos eu cantarei o amor e os ombros libertados de seus fardos. Que eu vi na dor os homens assentados.
Deixai-me ouvir os homens que falam tão baixo. Porque não sei trair a honra de cantar deixai-me cantar meu povo onde meu povo não cantar. Eu quebrarei qualquer açaime e do luar farei um facho para encher de luar os homens que se queixam baixo.
Canto de pé no meio do país amado. Outros falem de si tecendo a frágil dor deitados no poema entre cortinas e almofadas. Eu cantarei o amor que sempre foi negado às gentes ignoradas do país amado.
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