Apenas hoje! Apenas uma vez,
Fala de modo que a verdade seja
Tão clara e transparente, que eu a veja
Num cristal da mais pura limpidez!
Talvez seja loucura o que deseja
A minha insaciedade. Sim, talvez...
Que tu fosses, falando, a outra que és,
Com a alma nos lábios, quando beija.
Mal empregado privilégio, a fala,
Que traduz a verdade em que pensamos,
As palavras gastando em ocultá-la!
Que seja assim quando se odeia, vamos...
Mas para quê se dissimula ou cala,
Quando tudo nos diz que nos amamos?!
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